agrupamento independente de pesquisa cênica

Composto atualmente pelos artistas pesquisadores Clóvis Domingos, Flávia Fantini, Frederico Caiafa, Idelino Junior, Joyce Malta, Lissandra Guimarães, Matheus Silva, Nina Caetano, Paulo Maffei, Sabrina Batista Andrade e Wagner Alves de Souza, o Obscena funciona como uma rede colaborativa de criação e investigação teórico-prática sobre a cena contemporânea que visa instigar a troca, a provocação e a experimentação artísticas. Também participam dessa rede colaborativa obscênica os artistas Admar Fernandes, Clarissa Alcantara, Erica Vilhena, Leandro Acácio, Nildo Monteiro, Sabrina Biê e Saulo Salomão.

São eixos norteadores do agrupamento independente de pesquisa cênica, o work in process, os procedimentos de ocupação/intervenção em espaços públicos e urbanos e os procedimentos de corpo-instalação, além da investigação de uma ação não representacional a partir do estudo da performatividade e do pensamento obra de artistas como Artur Barrio, Hélio Oiticica e Lygia Clark.

Atualmente, o Obscena desenvolve o projeto Corpos Estranhos: espaços de resistência, que propõe tanto trocas virtuais e experimentação de práticas artísticas junto a outros coletivos de arte, como ainda a investigação teórica e prática de experimentos performativos no corpo da cidade. Os encontros coletivos se dão às quintas-feiras, de 15 às 19 horas, na Gruta! espaço cultural gerido pelo coletivo Casa de Passagem.

A criação deste espaço virtual possibilita divulgar a produção teórico-prática dos artistas pesquisadores, assim como fomentar discussões sobre a criação teatral contemporânea e a expansão da rede colaborativa obscênica por meio de trocas com outros artistas, órgãos e movimentos sociais de interesse.

terça-feira, novembro 23, 2010

desnaturalizando as coisas

ontem iniciamos nossa residência artística no centro cultural da umfg.
e foi em alto estilo.
na parte da tarde, lisssandra e eu nos encontramos com o grupo de mulheres que irá, junto conosco, realizar uma ação performática feminista no dia 25 de novembro. conseguimos um bom grupo, de mulheres interessantes e interessadas: da marcha mundial das mulheres, mas também performers de belo horizonte.
foi uma boa conversa, com a definição do programa da ação.
quinta, performaremos o programa que pretende, com uma multiplicação de mulheres painel, causar uma interrupção no fluxo do cotidiano. provocar estranhamentos...

à noite, luciano dias veio falar conosco sobre foucault, corpo e poder. foi muito, muito profícua a discussão e as questões que se apresentaram nessa primeira conversa. a desnaturalização das coisas muito me interessou. colocar em questão, suspeitar do que parece natural...

é natural separar mulheres de homens, meninos de meninas, na educação física, por exemplo? homens jogam futebol, mulheres fazem ginástica?
é natural o casamento e os filhos, destino de toda mulher?
é natural que cuidemos dos filhos?
é natural que sejamos valorizadas (ou desvalorizadas) por nossas posturas sexuais?
é natural que o ciúme controle as relações e que estas se configurem como relações de posse?

preciso reler foucault... principalmente a história da sexualidade. isso é urgente.

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